Percebemos neste texto que Lucas está encontrando nas igrejas daquela região motivos para tecer elogios, e fica claro que as observações que ele faz referem-se a pontos característicos das igrejas de lá que mais lhe chamavam a atenção, por isso mesmo são também dignos de nossa observação. E, em primeiro lugar, ele diz que elas “tinham paz”. Como é bom estar num lugar onde há paz! Como é bom sentir prazer em dirigir-se a algum lugar justamente por saber que lá reina a paz que o mundo não conhece. Todos gostam de um lugar assim. Mas é inevitável neste ponto de nossa reflexão concluirmos que um ambiente de paz precisa estar cheio de pessoas que “promovam a paz” (Mt 5:9). È inevitável concluir também que todo aquele que deseja um lugar de paz, precisa ser ele mesmo um agente pacificador, mediador, transmissor de palavras temperadas, de ações equilibradas, que visam o bem estar do próximo, quem sabe a ponto de colocar como prioridade a integridade e o interesse do outro e não primeiramente de si mesmo (Fp 2:1-5). É preciso ser alguém com a mente de Cristo, que deseje ser servo, verdadeiro discípulo.
Por vezes encontramos dentro da Igreja de Deus, pessoas que, no mínimo desconhecem e na pior das hipóteses rejeitam ensinos como estes: “segui a paz com todos...” (Hb 12:14); “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12:18), ou ainda “Bem aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5:9); ao contrário do que diz a Palavra, estes irritam-se à toa, ofendem os outros por pouca coisa, ou sentem-se ofendidos por quase nada e ainda enchem-se de razão julgando-se a si mesmos inocentes e injustiçados, quando na verdade são eles o problema, são eles mesmos os promotores de um ambiente hostil e desagradável. Estas pessoas, de um modo geral são egoístas, narcisistas, incorrigíveis, tendenciosas à maledicência e à difamação de irmãos em particular e da igreja como um todo.
Que Deus tenha misericórdia dos tais. Mas não era assim nas igrejas da “Judéia e Galiléia e Samaria” porque nelas tinha paz!!
Oremos: Senhor, dá-nos o privilégio de viver numa igreja que tenha paz, mas dá-nos em primeiro lugar o privilégio de sermos nós mesmos os promotores desta paz, em nome de Jesus. Amém!”
Pr Gervario Sousa
Ig. Batista Ágape
Teófilo Otoni - MG
www.ibagape.com.br
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