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24 junho 2009

:: [ POESIA ] :: Um poema do Pr. Adelírio Mendes de Freitas

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SONETO DE PALHA


O que perdi, perdi. O que ganhei não tenho,
Do mundo que não tem meu corpo despojado
Da alma que o Céu preza, e que já foi comprado
Por preço imensurável, na nudez de um lenho.

Se a rica manjedoura é pobre em palha e é ouro
O ouro já não paga, e a palha agasalhou
O rei que muitos reinos áureos conquistou
Viu-se na palha pobre o seu maior tesouro.

Quem tem no nobre ouro a palha vil rupestre,
Ante o ígneo olhar deste supremo mestre,
Embora em palha vã terá riqueza imensa.

Não há ninguém que o compre. Não há ninguém que o vença.
É vero o seu caráter, é firme a sua crença;
É ilusório o TER efêmero, ante o SER que permanece.

via blog Poesia Evangélica

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