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22 agosto 2007

::[ REFLEXÃO ] :: Eu sei que meu Redentor vive!


Numa noite do ano de 1741 um homem encurvado se arrastava meditando pelas ruas de Londres. Era Georg Friedrich Händel, o grande músico.
Em seu interior a esperança e o desespero lutavam entre si. Tinha perdido o favor da alta sociedade inglesa. Seu estado de necessidade chegou a limites extremos. Sua inspiração criativa havia se apagado e Händel, que ainda não tinha 60 anos, se sentiu velho e cansado da vida.
Desesperado regressou a sua humilde casa. Ao entrar um pacote chamou sua atenção. Abriu-o e se deparou com um escrito que tinha como título "Um Oratório Espiritual". O fato de aquilo ser escrito por um autor desconhecido e de segunda categoria aborrecia Händel.
Ainda mais lhe angustiou a observação "O Senhor me encarregou entregar-te". Aborrecido continuou folheando o texto quando um parágrafo lhe chamou a atenção. "Desprezado e descartado pelos homens,... foi menosprezado e não o estimamos." Händel continuou lendo: "Ele confiou em Deus... Deus não abandonou sua alma... Ele te dará descanso..."
Para Händel, estas palavras se enchiam de conteúdo e de sentido para sua vida. E quando leu "Eu sei que meu Redentor vive... alegra-te, ... Aleluia!", começou a vibrar. Maravilhosos sons lhe sobrevieram. A faísca "de cima" o havia incendiado.
Händel tomou a pena e começou a escrever. Com incrível rapidez, as páginas foram se enchendo de notas. Na manhã seguinte, seu ajudante o viu inclinado sobre sua escrivaninha. Colocou a bandeja com seu café da manhã ao seu alcance e o deixou só.
Ao meio dia o café da manhã ainda não havia sido tocado. Händel escrevia, escrevia... Num momento se levantava num salto e se debruçava sobre o "cembalo", noutro caminhava de um lado a outro, gesticulava com os braços e cantava a toda voz "Aleluia, aleluia!".
Seu ajudante o julgou como louco quando Händel lhe disse que os portais do céu se lhe estavam abertos e Deus mesmo estava sobre ele. Por vinte e quatro dias trabalhou Händel como que enlouquecido, quase sem comer, nem descansar. Por fim caiu sobre sua cama, esgotado. Diante dele, a partitura completa de "O Messias".
Händel pessoalmente chegou a reger 34 vezes a apresentação de "O Messias". Em 6 de abril de 1759, foi a última vez que pode presenciar sua obra sendo apresentada. A seguir sofreu uma crise de fraqueza e expressou o desejo de morrer na Sexta-feira Santa. Deus lhe concedeu este desejo e chamou o grande maestro no dia 14 de abril, Sexta-feira Santa de 1759.
Händel pode reunir-se com Aquele a quem havia exaltado tão majestosamente com sua música e quem havia ganhado toda a fé do maestro, de maneira que este pode cantar com júbilo: Eu sei que meu Redentor vive!

Traduzido do livro de Axel Kühner: Überlebensgeschichten für jeden Tag

Um comentário:

Anônimo disse...

Maravilhoso.
Assisto um vídeo de uma orquestra com a obra completa. Nunca me canso de ouvir. Percebo o Espírito do Senhor nesta obra.
Nunca vi o Evangelho ser tão bem pregado, tão claro, completo e maravilhoso.
Penso como o Senhor deve se agradar desta exaltação a Ele.

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