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:: Mark Baker, escritor americano, coloca Cristo no divã

Mark Baker, de "Jesus - O Maior Psicólogo que já Existiu", explica razões do sucesso de vendas de seu livro.

Jesus Cristo, quem diria, também era psicólogo. "O maior que já existiu", segundo o autor americano Mark Baker (foto), que autografou o livro "Jesus - O Maior Psicólogo que já Existiu" e fez palestra na 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo, 19 de março, no Pavilhão do Anhembi (zona norte da capital).

O livro já vendeu cerca de 300 mil exemplares no Brasil. Em entrevista em seu hotel em São Paulo, Baker dá uma pista do motivo de usar os ensinamentos bíblicos para dar seu recado: trata-se do livro mais vendido de todos os tempos. Logo, na Bíblia deve haver algo que atrai multidões.

Ele tem o background teórico para cumprir a tarefa. Tem doutorado em psicologia clínica e mestrado em teologia. E, quando estava na universidade, passou por uma "experiência religiosa pessoal". Como foi essa experiência? Cristo falou com ele, ele ouviu vozes? Baker ri da pergunta e brinca: "Esses são aqueles que a gente interna". Ele continua seu trabalho de terapeuta.

O fato de ser cristão não o impede de ter pessoas de outras religiões ou atéias como pacientes. E os cristãos ficam mais à vontade com um terapeuta cristão, diz o autor.

A experiência teve mais a ver com a convicção de que era preciso colocar suas crenças pessoais na sua vida cotidiana. E ele foi com o tempo analisando os ensinamentos de Jesus, expostos na Bíblia, com "os olhos de um psicólogo". "Nós vivemos pela fé", diz Baker. "Eu tenho de aplicar a minha fé na minha vida."

Mas isso não colidiria com a necessidade de usar a razão em seu trabalho supostamente científico, de pesquisa em psicologia? Baker acha que não. Para ele, a razão auxilia a pesquisa psicanalítica a entender as questões de fé. No seu caso, interpretar os ensinamentos de Jesus, ajudando a entender como suas palavras tinham efeito tão intenso em seus seguidores.

E por que os ensinamentos de um carpinteiro judeu que viveu cerca de 2.000 anos atrás continuariam relevantes e serviriam de guia psicológico até para gente de outra religião ou sem nenhuma?

"Jesus não estava enfatizando demais regras técnicas. Esse foi o seu brilhantismo. Se ele tivesse inventado as 42 coisas que você deve ou não deve fazer, nós ainda estaríamos brigando a respeito. Ele nos fez pensar sobre a qualidade das nossas vidas", afirma Baker.

"Ninguém pode viver de acordo com todas as regras, ninguém consegue. Você precisa ter um conceito diferente do que significa ser virtuoso para ser de fato virtuoso. É tendo uma relação pessoal com Deus", diz o americano.


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:: Evangélicos agridem mãe-de-santo e são presos

Dois camelôs, evangélicos da Assembléia de Deus, Valdinei Dias Santos, de 28 anos e Walter da Conceição Ribeiro, de 40, foram presos na sexta-feira, 17, na Avenida Sete, no centro comercial de Salvador, por xingarem e tentarem agredir a mãe-de-santo Jaciara Ribeiro dos Santos.

Os dois teriam dito a ela o bordão dos evangélicos "Jesus lhe ama" e ouvido "Ogum também" em resposta da seguidora do candomblé. Foi o suficiente para alterar Santos e Ribeiro que, segundo testemunhas, começaram a ofender a mulher.

Jaciara Santos ganhou no ano passado, na Justiça baiana, uma ação indenizatória de R$ 1 milhão contra outra igreja evangélica, a Universal do Reino de Deus, pelo uso indevido de uma foto da mãe dela, Gildásia dos Santos, para ilustrar matéria considerada ofensiva ao candomblé.

Convicta a não deixar passar mais qualquer agressão contra as religiões afro, Jaciara procurou um módulo da Polícia Militar e denunciou os camelôs que foram presos em flagrante e encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia de Salvador.

Diante da delegada Idalina Lima, Santos e Ribeiro disseram que não agrediram a mãe-de-santo, mas ao contrário, foram xingados por ela, o que foi confirmado por um outro camelô levado pela dupla como testemunha. Ocorre que Jaciara foi acompanhada por duas pessoas que acompanharam a confusão e testemunharam a favor da mulher.

Isso foi o suficiente para a delegada autuar os dois por preconceito e intolerância religiosa cuja pena prevista é de um a três anos de prisão. Como o crime é inafiançável, Santos e Ribeiro vão aguardar o julgamento na cadeia.

Fonte: Estadão

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:: Desaparecimento de 'Pequeno Buda' deixa Nepal em suspense

KATMANDU - O pequeno reino do Nepal está em suspense desde o desaparecimento misterioso de um jovem venerado por seus adoradores como a reencarnação de Buda.

A polícia o procura na floresta, e os fiéis se preocupam. Chamado de "Pequeno Buda" pela imprensa, Ram Bahadur Bomjan, de 16 anos, foi visto pela última vez no sábado passado, em Bara, a 150km de Katmandu. Ali, ele costumava meditar em posição de lótus embaixo de uma figueira da Índia, como fez há 2.500 anos o fundador do budismo, Siddhartha Gautama, que receberia mais tarde dos discípulos o título de Buda.

O jovem prodígio, que segundo seguidores meditava desde 16 de maio de 2005 sem beber nem comer, atraiu dezenas de milhares de budistas, curiosos e devotos, e a notícia de seu desaparecimento misterioso gerou uma preocupação generalizada. Mais de mil pessoas se somaram às operações de busca.

A polícia negou que se trate de seqüestro, e não tem nenhuma pista sobre o que aconteceu. Segundo Bed Bahadur Thing, presidente de um grupo de investigadores responsável por encontrar o adolescente, "a agitação provocada pela afluência de fiéis pode ter incomodado o jovem meditativo".

O adolescente tem um grande impacto no reino, onde 5% da população de 25 milhões de habitantes são budistas. Os visitantes não param de chegar e comprar CDs e fotos "oficiais".

O estudante Gaurab Tiwari, de 20 anos, vê no desaparecimento um ponto em comum com o fundador do budismo. "O próprio Buda tem o hábito de mudar de lugar para meditar, de forma que é possível que ele tenha ido embora de Bara", explicou.

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:: Falso profeta é acusado de estupro no litoral de SP

O professor de informática Dárcio Bauleo, de 48 anos, foi preso em Peruíbe, no litoral paulista, nessa quinta-feira, acusado de assédio sexual.
Ele se intitulava como profeta, criou uma seita e construiu um templo em sua residência para atrair e seduzir as mulheres do município do Litoral Sul de São Paulo. Segundo a polícia, cinco vítimas já registraram denúncias contra ele.
Uma das vítimas, de 20 anos, que não quis se identificar, disse que o falso profeta passou a ir na mesma igreja que elas freqüentavam. Para conquistar as fiéis, alegava que o local estava amaldiçoado. "Nós começamos a caminhar com ele, pois demonstrou ter conhecimento da bíblia que a gente não tinha visto em outra pessoa". Entretanto, ela alegou que as orações foram substituídas por pedidos estranhos após seis meses.

"Ele profetizava coisas para benefício próprio. Nos conduziu a ir para a cama com ele dizendo que isso tudo era de Deus".
A vítima afirmou que atendeu aos desejos de Bauleo, mas desconfiou e mudou de cidade, indo para o interior do Paraná. Após um mês, retornou para Peruíbe com a família e entrou em contato com outras freqüentadoras da seita.
Entre as participantes, uma jovem de 18 anos declarou que morou na casa de Bauleo, mas se sentiu refém com o passar do tempo."
Não podia sair, não podia ir na minha casa e não podia fazer mais nada que eu queria".

A delegada responsável pelo caso, Ligia Christina Vilella, disse que uma adolescente de 16 anos também estava vivendo com o acusado nas mesmas condições.
A delegada acredita que o número de vítimas deve ser ainda maior. Ela informou que será feita uma investigação em várias cidades em que o acusado morou nos últimos tempos.

Fonte: JB Online