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02 abril 2008

:: [ ILUSTRAÇÃO ] :: Castelos de Areia

Sol a pino. Maresia. Ondas ritmadas. Na praia está um menino.
Ajoelhado, ele cava a areia com uma pá de plástico e a joga dentro de umbalde vermelho. Em seguida, vira o balde sobre a superfície e o levanta. Encantado, o pequeno arquiteto vê surgir diante de si um castelo de areia. Ele continuará a trabalhar a tarde inteira. Cavando os fossos. Modelando asparedes.
As rolhas de garrafa serão as sentinelas. Os palitos de sorvete serão aspontes. E um castelo de areia será construído.

Cidade grande. Ruas movimentadas. Ronco dos motores dos automóveis.
Um homem está no escritório. Em sua escrivaninha, ele organiza pilhas depapel e distribui tarefas. Coloca o fone no ombro e faz uma chamada. Como que num passe de mágica, contratos são assinados e, para grandefelicidade do homem, foram fechados grandes negócios. Ele trabalhará a vida inteira. Formulando planos. Prevendo o futuro. As rendas anuais serão as sentinelas. Os ganhos de capital serão as pontes.Um império será construído.

Dois construtores de dois castelos. Ambos têm muita coisa em comum: fazemgrandezas com pequeninos grãos... Constroem algo do nada. São diligentes e determinados. E, para ambos a marésubirá, e tudo terminará. Contudo, é aqui que as semelhanças terminam. Porque o menino vê o fim, aopasso que o homem o ignora.

Observe o menino na hora do crepúsculo. Quando as ondas se aproximam, o menino sábio pula e bate palmas. Não há tristeza. Nem medo. Nem arrependimento. Ele sabia que issoaconteceria. Não se surpreende. E, quando a enorme onda bate em seu castelo e sua obra-prima é arrastadapara o mar, ele sorri... Sorri, recolhe a pá, o balde, segura a mão do pai e vai para casa. O adulto, contudo, não é tão sábio assim. Quando a onda dos anos desmoronaseu castelo, ele se atemoriza... Cerca seu monumento de areia, a fim de protegê-lo. Tenta impedir que as ondas alcancem as paredes. Encharcado de água salgada etremendo de frio, ele resmunga para a próxima onda. “É o meu castelo” diz em tom de afronta. O mar não precisa responder. Ambos sabem a quem a areia pertence...

Talvez você não saiba muito sobre castelos de areia. Mas as crianças sabem. Observe-as e aprenda. Vá em frente e construa, mas construa com o coração deuma criança. Quando chegar a hora do pôr-do-sol e a maré levar tudo embora, aplauda.

Aplauda o processo da vida e segure bem a mão do PAI.

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