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13 março 2006

:: [ ARTIGO ] :: O Cristão e o Folião

- Um cristão pode “pular carnaval”? No meu caso, o que aconteceria se eu desfilasse na Marquês da Sapucaí, num carro alegórico da Mangueira? Creio que o pessoal da minha igreja não iria gostar. Provavelmente no dia seguinte estaria na mesma situação daquele padre lá da Bahia que rezou uma missa dançando candomblé. Na verdade, o problema aqui é a mistura. Assim como a religião dos orixás é diferente da fé dos cristãos (sem fazer aqui nenhuma charge), a euforia carnavalesca não tem nada em comum com a alegria cristã. Diversão de folião não combina com diversão de cristão. Não é a música, o ritmo do samba, nada disto. Até porque na Bíblia tem o convite: “louvem o Senhor com pandeiros e danças” (Salmo 150). A questão do Carnaval é o “espírito” que esta festa e a mídia promovem. E nem é preciso dar muita explicação. A coisa está bem explícita, aliás, explícita até demais.

Dizem que o Carnaval tem origens no Egito antigo. A história conta que o sagrado boi Apis era levado em procissão até o rio Nilo, numa festa repleta com orgias e promiscuidades sexuais de gente fantasiada. Continua o registro que esta festa foi levada para outros lugares pela globalização da época. Na Grécia tomou o nome de Dionisíaca, em honra ao deus do vinho Dionísio. Em Roma foi chamada Bacanal, em homenagem a Baco, deus do vinho. Mais tarde quando o império romano converteu-se oficialmente ao cristianismo, estas tradições deixaram de ser promovidas pelo poder público. Mas na Idade Média voltaram com outro nome: carnevale - vocábulo italiano que provavelmente significa “adeus à carne”. Foi a maneira para compensar o jejum da Quaresma, os quarenta dias antes da Páscoa, quando nenhuma manifestação de alegria era permitida entre os cristãos – um exagero grotesco que motivou outro.

Dedicado ao Momo, deus da mitologia grega que representa a zombaria e o sarcasmo, o carnaval brasileiro transformou-se na maior festa popular do planeta. Mas tal magnitude não precisa ser levada em conta quando nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. Por ser uma festa de origem pagã e com apelos imorais, a liberdade cristã nesta hora requer esclarecimento e orientação. O cristão, na verdade, tem motivos de sobra para pular de alegria porque a vida sempre é agradável para as pessoas que têm um coração alegre (Salmo 15.15). Mas esta euforia vem da fé num Deus vivo. Segundo a mitologia grega, Momo é um deus morto que foi expulso do Olimpo para ser na Terra o rei dos loucos.

Os cristãos se alegram com o Deus que veio espontaneamente à Terra, não para zombar mas para ser zombado, foi morto mas foi também ressuscitado. E por isto a recomendação bíblica: - Fujam da imoralidade sexual! Usem o seu corpo para a glória de Deus. Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus, pois ele os comprou e pagou o preço. Portanto, usem o seu corpo para a glória dele (1 Coríntios 6.18-20).

Enfim, quanto à pergunta feita no início, nem o texto sagrado responde: Vocês, irmãos, foram chamados para serem pessoas livres, mas não deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês (Gálatas 5.13).

Pastor Marcos Schmidt
marsch@terra.com.br

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